Distrito de Joaquim Egidio. Campinas. Estado de São Paulo.
Tuesday, October 24, 2006
A estória do trinca-ferro e o Marron.
Marrom é um velho passarinheiro de Joaquim Egidio. Diz a lenda que uma certa feita apareceu na pracinha em frente ao bar do Marcelino Trinca-ferro. O maior cantador que tenha notícia na região. Todo mundo sabe que basta uma boa chama que o Trinca-ferro desce logo. Marrom que mora bem ao lada da praça, correu a casa peguou a gaiola com o seu Trinca-ferro. Montou o alçapão. Engachou-o a gaiola e levou tudo para a praça. Pendurou num tronco de pinheiro e foi para o outro lada da rua. Esperou. Seu Trinca-ferro cantava, chamava, repicava. O passarinho solto cantava, repicava. Era uma sinfonia. Foi juntando gente. Um verdadeiro espetáculo e nada do Trinca-ferro descer. Marrom se impacientava. Tomava uma cerveja. Os Trinca-ferros duelavam. "qualquer outro já teria descido" dizia Marrom. "Esse é meu ou de ninguém" continuava Marrom. A tarde foi chegando. O sol foi caindo sobre Sousas. As pessoas foram aos seu afazeres. O bar do Marcelino recebia os fregueses do fim de tarde. O lusco-fusco chega. "agora ele não desce" disse Marrom, enquanto o infatigável Trinca-ferro continuava a cantar. Marrom recolheu sua gaiola. Levou à casa. O Trinca-ferro continua a cantar. "Deixe o bicho solto" disse alguém. Marrom voltou à rua com uma cartucheira e fuzilou o Trinca-ferro. Meu ou nada.
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